Você conhece esse silêncio? Aquele que ecoa dentro do peito quando tudo ao redor parece ter perdido a cor, o sabor, o propósito. Não é tristeza, pois tristeza ainda é sentimento. É algo mais profundo: um buraco negro onde deveria haver vida, um eco onde deveria haver música.
Seus olhos se abrem pela manhã e você se pergunta: “Para quê?” O mundo continua girando, as pessoas continuam rindo, mas você está suspenso em uma dimensão onde nada faz sentido. É como se alguém tivesse roubado a trilha sonora da sua vida.
Mas é exatamente aí, nesse abismo, que algo extraordinário pode acontecer. Quando não resta nada em que se apoiar é quando descobrimos do que nossa fé realmente é feita. Não da fé dos dias dourados, mas dessa fé crua, despida, que escolhe acreditar mesmo no escuro total.
Essa fé que nasce do vazio não pode ser quebrada por coisa alguma. Ela já passou pelo pior teste possível: continuar existindo quando tudo parecia ter desaparecido. E quando essa fé resiste ao nada, ela se torna indestrutível.
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